A Fabulosa História de Não Sei o Quê
Na verdade eu sei, mas é bem mais interessante ter esse título
Tá, por onde começar? Faz um bom tempo que não escrevo nada aqui, mas as pessoas gostam do que eu escrevo e eu acho que já tava com saudade disso. Os dois últimos anos têm sido… peculiares… e não de uma forma exatamente boa. Quer dizer, houve coisas boas. Coisas muito boas, na verdade. E coisas ruins. Bem ruins, de fato. Mas por onde começar? Ah, sim! A pior de todas:
COMO O TWITTER DESTRUIU A HUMANIDADE:
Ah, essa rede social. Essa maldita rede social. Tá mais para rede anti-social, sendo sincero. Este é um lugar onde os demônios mais perigosos do inferno surgem… ou são criados. A terra de ninguém, porém o lugar de todos. O purgatório da internet. É ali que aspirantes a super-heróis e supervilões são criados. Estes arquétipos, entretanto, são perigosamente problemáticos. De fato, quem é vilão no Twitter, realmente é um vilão da vida real. E não tô falando de certas tretas. Tô falando de gente criminosa MESMO. Essa galera se esconde e acha que o anonimato dá liberdade para fazerem o que quiserem, o que, convenhamos, está bem longe de ser verdade. O mesmo vale para os tais “super-heróis” do Twitter. O povo que acha que para fazer justiça basta apenas dar um exposed em um garoto de 13 anos, estimulando o bullying e destruindo a vida de um adolescente que, na maioria dos casos, estava sendo bem imaturo, porém continuava sendo apenas uma criança. E, por diversas vezes, são adolescentes expondo adolescentes por serem adolescentes, logo, sua reação — se você tiver bom senso — é essa aqui:
É simplesmente inevitável sua sanidade mental tornar-se insanidade mental, e daí você vira tipo o Coringa da Piada Mortal, porém sem o sadismo e a psicopatia (espero).
O tempo de pandemia ferrou muito com a estabilidade emocional de boa parte dos jovens, que tiveram que ficar trancados em casa sem praticamente nada de interessante para se fazer… daí eles criam o Twitter… e ficam loucos. Não dá para condená-los, mas as suas atitudes são… bem… não são as melhores. Um diálogo de uma pessoa normal seria assim:
— Opa, mano.
— Opa.
— Então, mano. Uns anos atrás eu era muito babaca, sabe? Eu tinha 6 anos e era o capeta encarnado. Falava muita besteira e era muito imaturo.
— Normal, mano. Todo mundo já foi meio cretino.
Um diálogo no Twitter é assim:
— KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK VAI TOMAR NO **, SEU LIXO
— ?
— INSENSATO PRA CARAMBA, TODOS SABEMOS QUE FULANO É MELHOR QUE O CICLANO
— AH, VAI PRA *BEEPPPPPPPPPPPPP*
E em situações mais sérias é assim:
— Você foi um babaca, um cretino, um idiota, sofra e espero que você morra. (18 anos)
— … (10 anos)
Tá, não é exatamente assim, mas COM CERTEZA é isso o que eles pensam quando estão dialogando.
Por diversas vezes, pessoas pouco (ou muito) mais velhas também acabam sendo bem imaturas com jovens. E isto é bem mais comum do que parece, infelizmente. E nada melhora. Elas isolam as que cometeram erros, às excluem do convívio e às odeiam permanentemente. Sequelas são claras e há grandes chances do excluído entrar em alguma crise de ansiedade ou depressão, problemas psicológicos graves podem surgir, e isso é simplesmente ignorado pelas pessoas que também clamam sofrer de traumas psicológicos. A empatia do usuário médio do Twitter é 0, se importando apenas com ele mesmo e com alguns amigos, porém ignorando todo o resto e tratando o resto como lixo. O resto que não concorda com a atitude deles ou que erraram com eles no passado e, que apesar de ter dado desculpas e estar trabalhando para melhorar, o usuário médio do Twitter não dá ouvidos.
Todo esse meu problema com essa rede social vai além disso, mas esse é o principal. E é por isso que o Twitter destruiu a humanidade. Ele fez com que as pessoas vivessem em um mundo irreal e perfeito, e a vida não é assim. Somos seres humanos, oras! Temos a capacidade de fazermos o bem, sermos empáticos e cada dia nos tornarmos pessoas melhores! Porém, quem vive nesse site não entende isso. O que era para ser uma rede de comunicação saudável se torna uma rede anti-social, tóxica e de pessoas com pensamento fechado, onde o menor erro pode acarretar numa explosão nuclear.