Jean Rodrigues Calipso analisa ‘Half-Life’ (1998)

Por: Jean Rodrigues Calipso

Leonardo Calado
2 min readJan 19, 2025

Em meu sublime passado pecaminoso, percorri a imensidão vasta de jogos eletrônicos para sistemas computacionais. Eram maravilhas tecnológicas para quais um jovem desmiolado feito eu divertiria-se e queimaria neurônios com a violência ríspida e insalubremente doentia desta forma de entretenimento.

Esta constatação inicial é necessária para que possamos entender como ‘Half-Life’ é um programa interativo onde experienciamos a pele de Gordon Freeman que, de maneira imersiva e violenta, transgride as regras cinematográficas vergonhosamente ao dar ao jogador total controle de suas ações ao assassinar diversos animais curiosos de outras dimensões do além-tempo.

Um arsenal de armas com funções distintas — incluindo um inocente inseto alienígena “Snark” — é oferecido de forma a saciar a sede de sangue do inumano que poderia deliciar-se com tantas mortes reacionárias indescritíveis neste texto devido ao meu tamanho desgosto. É como se ‘Half-Life’ fosse uma apologia à política armamentista dos EUA e de seu atual líder Donald Trump.

Tudo isso é ainda mais curioso quando vemos que Gordon é apenas um Doutor em Física Teórica, e o jogo quer que acreditemos que, de alguma maneira, ele teria as capacidades necessárias para ultrapassar seus adversários poderosos como os próprios alienígenas e os nojentos militares com extrema facilidade. É uma fantasia de poder para o nerd que poucas vezes pude visualizar em minha renomada vida como crítico de cinema.

Claro que não mais faço parte desta camada repugnante chamada “gamer” para gastar meu dinheiro com tamanha falta de respeito. Apenas assisti aos conteúdos de outros desocupados jogando este execrável lixo no ‘YouTube’ para ter noção de sua visão cinematográfica.

Nota zero.

--

--

Leonardo Calado
Leonardo Calado

Written by Leonardo Calado

Tento escrever coisas engraçadas (as pessoas dizem que funciona).

No responses yet