o medo de não ser bom o bastante

um desabafo.

Talvez a comparação de qualidades entre pessoas seja um dos hábitos mais comuns do ser humano, principalmente quando estamos a falar do indivíduo.

Eu poderia ter ousado e feito um título super chamativo e elaborado, porém creio que simples letras minúsculas sejam o suficiente para chamar a atenção. Ou não. Sinceramente, não me importo. Leia quem quiser, compartilhe a quem desejar.

Minha experiência escrevendo data de anos a fio, e a cada dia acabo descobrindo alguma coisa nova para melhorar. Este ano mesmo fiz parte de um site que, infelizmente, não foi para frente. Uma história complicada que prefiro não comentar neste texto, tanto por motivos pessoais e certas insatisfações quanto por respeito àqueles com quem trabalhei.

Acontece que, acreditem ou não, meu amor sempre foi pela sétima arte. Filmes, séries, qualquer coisa envolvendo o audiovisual. Tentei escrever alguns roteiros, muitos sendo colocados na geladeira e abandonados até uma nova ideia surgir em minha mente. Nunca fui bom em seguir com planos; se é que um dia tive algum.

Geralmente sempre escrevia aquilo que vinha à minha cabeça, e essa falta de planejamento fazia — e faz — me comparar com outrem, ocasionando dias e dias me perguntando: “Será que isso realmente é para mim?”. Até hoje não sei responder essa questão, seja por insegurança ou comparações com pessoas que têm mais bagagem do que eu.

Meu erro começou nessas comparações. A arte não devia ser uma ciência exata, com apenas uma maneira correta de ser explorada. Não, a arte tem regras que podem ser facilmente rompidas, e assim estruturam novas peças.

Você não ter feito algo original não significa que seja um plágio. Pelo contrário, nenhum ser humano é igual. Ideias podem ser exploradas de n formas diferentes justamente porque cada pessoa tem sua particularidade, suas próprias histórias e vivências.

Qual seria a graça se o trabalho geral fosse semelhante e outros serem considerados inferiores?

Talvez nem sempre precisemos de planejamentos exagerados. Um pouco de improviso é bom.